Design Sprint e Lean Inception: para que servem e suas diferenças

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Design Sprint e Lean Inception são dois tipos de workshops colaborativos.

Eles foram pensados para ajudar equipes no alinhamento e construção rápida de um produto.

Desse modo, podemos afirmar que essas são abordagens muito úteis para as empresas.

Afinal, o lançar um produto digital ou validar novas funcionalidades de um produto existente não é algo tão simples, já que envolve muitos riscos.

Nesse sentido, ambos os métodos podem lhe direcionar para o caminho certo a ser seguido se você deseja obter o melhor produto possível.

Mas, para que serve cada um deles?

Quais suas similaridades e diferenças?

Quando aplicar uma ou outra técnica?

Tudo isso é o que você vai entender durante a leitura deste conteúdo.

Então acompanhe!

Design Sprint e Lean Inception: o que é?

Design Sprint

O Design Sprint é a metodologia de desenvolvimento ágil do Google.

Estamos falando de uma abordagem colaborativa e com foco no usuário.

Embora seja baseada no Design Thinking, trata-se de um processo encurtado que permite construir e testar um protótipo em apenas cinco dias.

Umas das principais vantagens do Design Sprint é que ele possibilita ao time prever erros e antecipar melhorias, tudo em apenas uma semana.

Isso porque ele pode validar a ideia com os usuários antes mesmo de lançar o protótipo.

Mas, como isso funciona?

Bem, na prática, os integrantes das equipes multidisciplinares trabalham duro em conjunto durante 40 horas pelo período de quatro a cinco dias.

Ao longo desse tempo, eles usam diversas estratégias necessárias para aprimorar a ideia, como inovação, negócios, etc.

Antes de aplicar a metodologia, é preciso definir o problema.

Em seguida, os times se reúnem e iniciam o projeto, conforme cinco etapas, a saber:

1.      Segunda-feira – Entender e definir

No primeiro dia é necessário entender o problema. Para isso, os especialistas de cada área devem estar em perfeito alinhamento.

Em outras palavras, é preciso executar dinâmicas que unam todas as competências, e criem uma sinergia a fim de facilitar o trabalho.

2.      Terça-feira – Esboçar

Agora é hora dos participantes esboçarem suas ideias e trabalharem individualmente as possíveis soluções.

Resumindo, a proposta nesta etapa é explorar o máximo de alternativas para resolver o problema.

3.      Quarta-feira – Decidir

Agora o grupo já tem em mãos as melhores propostas.

Contudo, o objetivo é prototipar apenas uma delas.

Portanto, nesta etapa, a missão é filtrar as alternativas, escolhendo a melhor de acordo com a finalidade do projeto.

4.      Quinta-feira – Prototipar

Este é um dia desafiador: construir um protótipo de forma produtiva.

Para isso, é indispensável planejar as atividades que os integrantes irão realizar, bem como a distribuição de tarefas entre a equipe.

5.      Sexta-feira – Testar

O quinto e último dia é para validar o produto com os potenciais usuários.

Após testar o protótipo, o usuário aponta em tempo real os pontos dos quais gostou e os que precisam de melhoria.

A equipe se reúne e discute o feedback do usuário e analisa se o projeto é ou não viável.

Leia mais: Como adotar a metodologia do design Sprint no dia a dia?

Lean Inception

Adiante falaremos sobre as diferenças entre Design Sprint e Lean Inception.

Mas antes, vejamos para que serve a Lean Inception.

De antemão é um workshop colaborativo com uma sequência de atividades para alinhar e definir objetivos, estratégias e escopo do produto mínimo viável (MVP) a ser construído.

Assim como o Design Sprint, a Lean Inception também tem uma agenda de cinco dias. Confira!

Segunda-feira

Dedicado a estabelecer a visão e os objetivos do produto.

Terça-feira

Neste dia, a equipe compartilhará informações sobre os usuários e suas jornadas. 

 Quarta-feira

No terceiro dia o grupo fará um brainstorm sobre as possíveis funcionalidades do produto.

Quinta-feira

Chegou o momento de priorizar as funcionalidades, levando em conta as perspectivas de negócio, de UX e de tecnologia.

Sexta-feira

É quando a equipe decide qual é o primeiro passo para validar a hipótese de negócio, ou seja, o MVP.

Quais as diferenças entre Design Sprint e Lean Inception?

A princípio, o Design Sprint e Lean Inception focam no contexto do negócio, priorizando o entendimento do problema antes mesmo de buscar uma solução.

Mas, apesar destas similaridades, existem algumas diferenças entre as duas abordagens. As principais são:

  • Protótipo VS MVP – O resultado final de um Design Sprint é um protótipo, algo em que a equipe investiu algum tempo e esforço, mas os ajudou a testar um conceito com os usuários finais. O resultado final de uma Lean Inception é um plano para o MVP, algo que a equipe decidiu ser o conjunto mínimo de funcionalidades para satisfazer os clientes iniciais, validar a hipótese de negócio e fornecer feedback para os próximos incrementos do produto. Em ambos os casos, o resultado do workshop é a entrada para o desenvolvimento do produto.
  • O que VS como – Nas Lean Inceptions, a equipe não detalha o “como fazer”, nem telas ou protótipos. Isso fica para depois.

Afinal, a sua prioridade é descrever o “que” do MVP.

Em geral na Design Sprint, a equipe detalha minimamente “como fazer” através de protótipos ou esboços de telas. Isso também ajuda a diminuir os riscos de usabilidade, uma vez que protótipos de telas são testadas e feedbacks coletados previamente com os usuários.

Design Sprint ou Lean Inception: quando utilizar?

O Design Sprint e Lean Inception são workshops bastante eficazes na descoberta e no desenvolvimento de novas funcionalidades de um produto digital, pois concentram em um curto espaço de tempo todas as atividades e pessoas necessárias para um processo de Discovery que realmente gere valor.

Ou seja, ambos os métodos podem reduzir os riscos ao desenvolver um novo produto ou novas funcionalidades de seu produto existente e aumentar e muito as chances de sua empresa ter sucesso.

De forma geral, o Design Sprint é ideal quando você precisa prototipar e validar ideias em um curto espaço de tempo.

Já o Lean Inception pode ser muito útil no planejamento e escopo de um produto, levantamento dos requisitos e definição de um cronograma de entrega.

Por fim, também é possível combinar ambos os métodos se isso fizer sentido e funcionar para você.