Design Sprint X Design Thinking: Entenda as Diferenças
Design Sprint ou Design Thinking: você sabe a diferença entre esses dois conceitos?
É comum que haja confusão entre eles, e isso não é por acaso. Em linhas gerais, o Design Thinking é uma forma de pensar e de abordar os problemas, como uma filosofia. Já o Design Sprint é um passo a passo, muito baseado na abordagem do Design Thinking, para se obter resultados na prática.
Neste artigo vamos falar um pouco sobre as principais diferenças entre os dois. Acompanhe!
Origem e Conceito
O termo Design Thinking foi usado pela primeira vez na década de 1980, mas se popularizou mais recentemente, quando a Ideo, empresa americana de design e inovação, passou a usar e disseminar essa abordagem. Ele propõe que todos os problemas, independentemente da área de atuação, sejam vistos como uma questão de design.
O Design Thinking é, ainda, uma filosofia centrada nas pessoas, ou seja, requer que se conheça verdadeiramente o público-alvo, para estabelecer com eles um sentimento de empatia, com o objetivo de oferecer soluções que tenham um sentido real para quem for utilizá-las.
A interação e colaboração entre os profissionais envolvidos no projeto é outro ponto fundamental para analisar o desafio e criar soluções.
O Design Sprint, por sua vez, foi criado pela Google Ventures com o objetivo de ser uma metodologia ágil e prática.
Ele tem por base o modo de pensar proposto pelo Design Thinking e, por isso, foi formulado de forma a estimular a colaboração entre os diferentes integrantes da equipe envolvida.
De acordo com esse método, que tem um cronograma de atividades rigoroso, uma semana de intenso trabalho colaborativo é o suficiente para que a equipe entenda o problema, construa um protótipo, teste e valide soluções.
Tempo e abordagem
O Design Sprint funciona como uma receita culinária: mostra exatamente o que você precisa fazer e o que é necessário para executar cada fase.
A metodologia é dividida em cinco etapas claras, que devem ser executadas ao longo de uma semana (portanto, uma por dia):
- 1º Dia: Entendimento do problema;
- 2º Dia: Esboço e discussão de possíveis soluções;
- 3º Dia: Construção de um protótipo;
- 4º Dia: Testes;
- 5º Dia: Avaliação dos resultados.
No entanto, por ter seu tempo de execução limitado aos cinco dias úteis da semana, o Design Sprint deve ser usado para abordar problemas pontuais, que possam ser resolvidos nesse intervalo de tempo.
Deseja aprofundar na aplicação da metodologia de Design Sprint?
Leia: Como adotar a metodologia do Design Sprint no dia a dia?
Já o Design Thinking, por ser uma forma de enxergar os problemas e soluções, não tem um cronograma definido e pode ser utilizado em desafios mais complexos.
Por isso, permite um estudo mais aprofundado dos problemas e das ideias, o que demanda maior tempo de dedicação da equipe envolvida. Como uma filosofia, porém, não oferece uma forma sistemática de abordar os desafios na prática.
Etapas e Métodos
Por ser uma metodologia prática e ágil, para ser executada em uma semana, o Design Sprint conta com as seguintes etapas, sendo uma para cada dia:
- Mapear e definir;
- Esboçar soluções;
- Decidir;
- Prototipar;
- Testar e validar.
Já o Design Thinking, como uma forma de enxergar os problemas, pode se utilizar de algumas ferramentas diferentes na sua aplicação.
Algumas delas são:
- Brainstorm, porém com regras que o tornem mais produtivo;
- Construção de protótipos para testes;
- Pensamento visual, expressando ideias com desenhos;
- Colocar-se no lugar do usuário, em uma situação real ou simulada.
Seja como for, a colaboração, o olhar do ponto de vista do design e o foco nas pessoas deve sempre estar presente quando se fala de Design Thinking ou Design Sprint.
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