Você sabe o que é MVA?
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Na prática de técnicas ágeis, estamos acostumados a ouvir e trabalhar com o conceito de MVP (produto mínimo viável), que geram ganhos pequenos e incrementais para os negócios da empresa. Agora, O que é MVA? Você sabe? Desde já, MVA significa Arquitetura Mínima Viável e refere-se a um conjunto de princípios de design que implementam soluções técnicas importantes, que serão necessárias para a implementação de MVP´s.
A implementação de APIs, microsserviços e novas tecnologias, são exemplos de MVA.
Trata-se de uma abordagem desenvolvida de acordo com diferentes estágios de crescimento e maturidade do negócio, que precisam de suporte tecnológico para disponibilizar novas funcionalidade de forma rápida e escalável.
Logo, o MVA é fundamental para a sustentabilidade de uma solução, garantindo agilidade na entrega, além da qualidade.
Para entender mais sobre MVA, é só continuar a leitura!
O que é MVA: entenda o conceito
O MVA pode ser definido como uma abordagem que permite entregar os recursos de um novo produto, concluindo o ciclo Construir-Medir-Aprender com o mínimo de esforço e tempo de desenvolvimento.
Esse conceito também é conhecido como “Arquitetura apenas o suficiente”.
Em outras palavras, é uma arquitetura boa o suficiente para o produto ser lançado e precisa ser continuamente aprimorada durante a vida útil desse produto.
Nesse sentido, o MVA tem três características importantes:
- Arquitetura construída tendo em vista o melhor cenário. Isto é, o produto será desenvolvido com base no cenário mais provável.
- É desenvolvido em pequenos incrementos ao longo de um período de tempo. Mas, para que isso funcione, a linguagem de programação, assim como as tecnologias utilizadas, já devem ser ter sido avaliadas.
- Deve tomar requisitos concretos como base e não ser construído de acordo com suposições apenas.
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As etapas de construção do MVA
Para seguir os princípios do MVA, uma solução ou tecnologia deve ser desenvolvida em três fases: prototipagem, construção apenas o suficiente e escalonamento. Confira a seguir, quando e como aplicar cada uma delas.
Para entendimento deste conceito, vamos considerar a criação de um MVA de API para viabilizar o atendimento de uma funcionalidade de negócio.
Primeira etapa do MVA: Protótipo
A primeira fase do MVA é a prototipagem e você deve usá-la sempre que criar uma nova API.
A princípio, é importante você não codificar e sim criar apenas definições executáveis como OpenAPI, por exemplo.
Além disso, tente facilitar a mudança de planos, evitando a alteração nos códigos. Ou seja, use apenas um arquivo de texto simples ou edição de definições.
No início do MVA, colete os requisitos, mas concentre-se na arquitetura de informações e no design de interface. A não ser que você esteja apenas começando com um programa de API em sua organização ou considerando a implementação de uma solução de gerenciamento de API.
Lembre-se de adicionar somente os terminais e campos que você tem certeza absoluta de que são necessários para os primeiros consumidores.
Se não houver uma resposta clara sobre se algo deve ser adicionado, deixe-o de fora. Assim, você garante o controle de versão.
Por fim, projete com os critérios de auditoria de API em mente, usando um guia de estilo como sua diretriz.
Segunda etapa do MVA: Construa apenas o suficiente
As orientações a seguir são condizentes com a segunda etapa do MVA e o ideal é que você as coloque em prática quando for construir uma API para poucos consumidores.
Neste momento, use apenas componentes que você conhece e de fácil acesso. Além disso, limite-se à arquitetura familiar. Afinal, quando os riscos são pequenos, os projetos não precisam de uma estrutura pesada nem perfeita.
Não se esqueça de ainda de que as necessidades do cliente podem evoluir durante a construção, com o menor orçamento possível.
Portanto, atenda a essas necessidades em algumas horas ou dias, não em meses. E esqueça a ideia de escalar os produtos.
Terceira etapa do MVA: Escalonamento
A última etapa do MVA você deve aplicar quando a API existente tiver um número de consumidores em crescimento.
Logo, dimensione sua arquitetura com o crescimento dos negócios e faça otimizações.
Por último, certifique-se de ser tolerante a quedas, mas apenas na medida em que a empresa está realmente disposta a pagar.
MVA versus MVP
Agora que você já tem uma ideia do que é MVA, é importante entender também sobre o MVP (Mínimo Produto Viável), pois, esse último foi o que deu origem a Arquitetura Mínima Viável.
Nesse contexto, o MVP é uma etapa da gestão de projetos que faz parte do Método Ágil. Essa metodologia reúne as principais habilidades e ferramentas para gerir projetos e produtos com qualidade e velocidade.
Dessa forma, o MVP permite testar e validar a ideia antes de entregar o produto final ao cliente. Ou seja, a proposta por trás disso é errar rápido para melhorar rápido e entregar o produto ideal para seu cliente, através de um produto mínimo, que resolva o problema dele.
E quando o MVA entra nessa história?
Acontece que, um dos problemas da abordagem MVP, é que ele pode levar à falta de uma arquitetura tecnológica que suporte a solução.
Isso por que, ao construir um produto, a pressa na entrega pode comprometer a sua sustentabilidade.
Com base nisso, o MVA é fundamental, porque traz o equilíbrio necessário entre velocidade e entrega de qualidade. E só é possível atingir esse ponto de equilíbrio com a otimização cíclica do processo.
Como resultado, você será capaz de lançar um produto que atenda a real demanda do cliente, sem gastar tempo e nem dinheiro além do que é necessário.
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