IoT, comunicação de dados e microserviços: uma visão integrada para suportar a Indústria 4.0
Diretamente ligada à indústria 4.0, a Internet of Things (IoT ou Internet das Coisas) é um dos principais assuntos quanto a revolução tecnológica. A ideia por trás da IoT é que qualquer objeto possa estar conectado a internet, podendo ser uma geladeira, relógio, carros etc.
Com isso, as máquinas “se comunicam”, otimizando o processo produtivo, já que elas próprias podem identificar falhas e fazer atualizações, minimizando a atuação humana e evitando gastos desnecessários.
Segundo estimativas dos institutos de pesquisas, a partir de 2020, a Internet das Coisas será o maior mercado de dispositivos do planeta, podendo chegar a 40 trilhões de gigabytes e 50 bilhões de dispositivos conectados até 2020.
Nesse contexto, a arquitetura de microserviços aplicada a internet das coisas não é só um grande diferencial, mas um fator crítico para o sucesso de qualquer empreendimento, já que ela garante a construção de serviços web otimizados, com troca de informações entre máquinas (conhecido como Machine to Machine ou M2M) e outros serviços que trazem tráfego de rede.
Microserviços na indústria 4.0
Os Microserviços são um estilo de arquitetura de software onde uma aplicação com uma suíte de pequenos serviços interagem durante o processo. Anteriormente, utilizava-se o sistema de software com estrutura monolítica, e os softwares eram construídos em uma estrutura fechada com back-end e front-end.
Apesar de eficientes, a arquitetura monolítica funcionava apenas para resolver grandes necessidades de uma organização. Ou seja, se você precisar fazer uma única alteração, é necessário carregar 100% das funcionalidades.
A ideia dos microserviços é gerar flexibilidade e dinamizar as atividades através de processos e fluxos rápidos e integrados de informações. Neste sentido, as funcionalidades são estruturadas em uma granularidade menor e com certas características, como: independência de contexto (baixo acoplamento), unicidade e garantia de um estado consistente do sistema (transação), etc.
Esta estruturação em microserviços permite que sejam melhor reutilizados pelas diversas funcionalidades da aplicação, como também permite que se escale uma parte específica da mesma e não toda a aplicação para se atender a uma demanda de negócio.
Isso contribui para a descentralização dos serviços, estando diretamente associado a um dos pilares da indústria 4.0, já que as que pequenas funcionalidades são disponibilizadas e podem ser reutilizadas. Isso permite que mais pessoas, aplicações ou dispositivos tenham acesso às funcionalidades podendo criar aplicações compostas e soluções eficazes afim de resolver os problemas de negócio.
Graças a essa tecnologia, surgem diversas vantagens: a maior liberdade de desenvolver serviços de modo independente; proporciona aos desenvolvedores a oportunidade de usarem tecnologias de ponta; arquitetura de fácil compreensão e adaptável as mudanças; fácil ampliação e integração dos microserviços; gerenciamento e otimização de falhas.
Comunicação M2M
Dentro desta revolução tecnológica na indústria 4.0, houve uma evolução das redes wireless, aumentando também a comunicação entre as máquinas.
Com isso, foi adotado o termo Machine To Machine (M2M ou Máquina com Máquina em nosso idioma), que basicamente funciona coletando dados de modo remoto e estes são enviados para uma rede. Em seguida, os dados são processados, e desse modo é possível utilizá-lo com o software.
A comunicação M2M está diretamente associada a Internet das Coisas, já que este último é composto por elementos que se comunicam, e portanto, o M2M agrega valores ao IoT.
Arquitetura de referência para internet das coisas nas fábricas inteligentes.
De acordo com o artigo sobre a indústria 4.0 do Laboratório iMobilis e Computação Móvel, a arquitetura baseada em internet das coisas inclui diversas tecnologias, incluindo:”
- Máquinas Inteligentes: incluem comunicação M2M; máquinas se comunicam com outros dispositivos e com humanos.
- Dispositivos inteligentes: inclui dispositivos conectados na fábrica, tais como dispositivos de campo, dispositivos móveis, dispositivos operacionais, etc.
- Processos de fábrica inteligentes incluem: Processos de comunicação dinâmicos, eficientes, automatizados e em tempo real para a gestão e controle de um ambiente de produção altamente dinâmico ativado por IoT.
- Engenharia Inteligente: inclui a concepção e desenvolvimento de produtos, engenharia de produto, produção e serviço pós-venda. Isso pode exigir o uso de dados coletados a partir do processo de fabricação, no processo de planejamento, e otimizar máquinas (mecânica, elétrica, etc.).
- Fabricação de TI: inclui primeiro aplicativos de software utilizados por uma ou mais empresas que suportam redes de dados; segundo, monitoramento inteligente e controle por meio de sensores, medidores inteligentes e dispositivos móveis inteligentes; terceiro, gestão da produção inteligente, que integrar dados de IoT na lógica de gestão da produção.
- Logística inteligentes: incluem ferramentas e processos logísticos inteligentes. Logística autogerenciáveis é um exemplo de logística interna inteligentes que reagem a mudanças inesperadas na produção, tais como os gargalo e escassez de materiais.
- Big Data e Cloud computing: inclui algoritmos de análise, aplicativos, etc. A análise de Big Data trará grandes oportunidades para melhorar futuras fábricas, processos de fabricação, e permitir fábrica para fornecer novos produtos.
- Fornecedores inteligentes: inclui a construção de relações duradouras com os fornecedores. Por exemplo, pelo aumento compartilhamento de informações em tempo real; da mesma forma, aumentar a flexibilidade ao selecionar o melhor fornecedor com base nas necessidades de fábrica.
- Rede inteligente: inclui as infraestruturas inteligentes de fábrica inteligente no campo de fornecimento de energia. Em particular, é essencial para reagir às mudanças nos preços de energia.”