O que você precisa saber sobre Microsserviços, Containers e Docker

Os microsserviços vieram para facilitar e modernizar todos os processos de uma empresa, porém, por ser um tipo de procedimento recente, ele ainda é pouco conhecido na indústria. Com ele, é possível aliar o conceito de containers, em especial, os dockers.

De acordo com Erhan Ekici da IBM, os containers são, basicamente, ambientes de leve execução com componentes do núcleo em uma máquina virtual, isolada dos serviços operacionais designado para executar microsserviços leves. Ele explica que os containers não são uma nova tecnologia, já que elas estiveram sendo utilizadas no Linux há tempos.

Já o Docker é um projeto open source (código aberto) que mira automatizar o desenvolvimento de aplicações dentro dos containers portáteis que são independentes, ou seja, facilitando o desenvolvimento, implantação e execução de aplicações em ambientes isolados.

Basicamente, o Docker possibilita o empacotamento de uma aplicação ou ambiente, inteiramente dentro de um container, reduzindo o tempo de deploy da infraestrutura ou até de uma aplicação. O grande destaque é que o Docker tem a capacidade de criar objetos permanentes, mesmo dentro dos containers.

Como funciona o docker e os containers?

O docker possibilita o empacotamento dentro de um container, tornando o ambiente inteiro portável para outro host, reduzindo o templo de deploy, já que não há necessidade de ajustes de ambiente para o funcionamento dele.

O Docker também é capaz de criar imagens a partir de arquivos, além de utilizar também o backend default LXC, sendo possível definir limitações de recursos por container.

Ao usar o Docker, é possível gerenciar de modo fácil e prático toda a infraestrutura da aplicação, o que também aumenta na agilidade, tanto no desenvolvimento quanto na manutenção do serviço. Além disso, não é necessário acesso privilegiado a infraestrutura corporativa e a equipe responsável pode participar da especificação do ambiente, fornecendo um arquivo com a descrição e solução.

O isolamento do Docker é realizado na virtualização do sistema operacional, onde o kernel permite que vários processos sejam executados de forma isolada, porém simultânea, em um mesmo host.

Para esse isolamento, o Docker usa a funcionalidade “namespaces”, que desenvolve ambientes isolados entre os containers.

Além disso, para não sobrecarregar os recursos da máquina, ela utiliza uma outra funcionalidade do kernel, o “csgroups”, que limita o uso do hardware à disposição.

Desse modo, é possível existir diferentes containers em um mesmo host, mesmo um não afetando diretamente o outro.

Por que considerar o Docker uma solução?

Segundo Erhan Ekici, há cinco razões principais para considerar o Docker:

Melhor opção para a arquitetura de microsserviços: Os containers dão suporte a arquitetura de microsserviços, sendo desenvolvidas em cima das capacidades de negócios.

Cada microsserviço pode ser aplicada sem a interrupção de outro microsserviço.

Portabilidade na aplicação: O Docker coloca a aplicação e todas as suas dependências em um container portátil nas mais diferentes plataformas. Você pode desenvolver e distribuir as aplicações com os containers.

Ao automatizar o desenvolvimento dentro do containers, os desenvolvedores e os administradores do sistema podem acessar uma mesma aplicação em um laptop, máquinas virtuais, servidores e nuvens, entre outros.

Utilização de recursos: Os containers compreendem a aplicação e suas dependências. Cada container roda um processo isolado dentro do sistema, compartilhando o kernel junto com outros containers.

Além disso, ele se aproveita dos benefícios das máquinas virtuais, só que de modo mais portátil e eficiente. Some isso ao fato de que os containers não rodam apenas nas máquinas virtuais, mas também em servidores físicos.

Pela natureza leve dos containers, você pode rodar mais containers em um servidor do que em uma máquina virtual.

Ou seja, o resultado é a utilização maior de recursos.

Além da virtualização estão os “containers”: Cada vez que você precisa modificar uma aplicação, você precisa usar máquinas virtuais. Mas e se essa aplicação não requerer os recursos de um hardware para total virtualização? Os containers podem prover o uso de recursos que podem ser controlados com ou sem a virtualização.

Parcerias com empresas: O Docker está seguindo a tendência da tecnologia dos containers com parcerias entre empresas, o que inclui a IBM, Google, Vmware, Redhat e Microsoft.